O Beira apresentou-se para este jogo com o sistema habitual, 4-3-3, com a ligeira alteração do recuo de Renan para defesa esquerdo e com Élio no onze inicial. A estratégia passava por deixar a aflita Naval com o controlo do jogo, aproveitando-se das brechas e dos nervos que iriam aparecer com o decorrer do encontro. E foi pressionante que começou a Naval, com a salvação em mira, pondo Rego por diversas à prova. Tendo só um objectivo em mente, a Naval descurou a defesa, jogando com a linha defensiva muita alta, o que lhe viria a ser fatal, aos 22', quando Djamal rouba uma bola a Bolívia e faz um passe de morte para Tatu, que executa um chapéu eficaz a Salin.
Era a Naval que dominava, mas o Beira mostrou mais uma vez um dos seus pontos fortes: o contra ataque. Poucos minutos viria o 1º penalti para a Naval: aos 25', Fabio Junior é rasteirado por Hugo, na grande aérea. Para felicidade dos visitantes, o mesmo falharia o penalti, rematando muito por cima. O jogo foi decorrendo, com a Naval a correr atrás do prejuízo, só que seria o Beira a ampliar a vantagem. A acabar a 1ª parte, Artur na sequência de uma jogada confusa, em que Tatu fica isolado perante Salin, mas o assistente José Ramalho levanta a bandeirola, no entanto, Jorge Sousa mandou jogar e o brasileiro assiste Artur, que marca de baliza aberta. O banco da Naval exaltou-se e consequentemente, Mozer seria expulso por protestos.
O Beira partia, assim, para a 2ª parte com boas hipótese de conquistar mais uma vitoria forasteira. Só que Jorge Sousa já havia decidido roubar o protagonismo aos jogadores. Talvez tenha tido pena da Naval ou teve uma dor na consciência, por ter contrariado o seu auxiliar no lance do 2º golo do Beira, decidindo dar 2 penaltis, de rajada, nos últimos minutos à Naval. Aos 82´, Bruno Moraes cai numa disputa com Renan e o árbitro assinala castigo máximo. 4 minutos mais tarde, novo penalti, depois de um alegado derrube de Yohan Tavares a Michel Simplício. Manuel Curto foi o autor de ambos. Segundo ABOLA, houve contacto mas os penaltis foram algo forçados. Ou seja, podemos dizer que contra os grandes estes penaltis não seriam marcados e em Inglaterra, seguir-se-ia o jogo, encarando-se os lances como normais.
Concluindo, o Beira manteve o hábito de trazer pontos fora de casa, e, ao mesmo tempo mostrou aquela que tem sido a sua sina ao longo desta temporada: as más arbitragens. Apesar de o Beira se ter escondido do jogo na 2ª parte, não merecia este desfecho.
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