O Beira entrou para esta partida desfalcado de unidades como João Luiz e Wilson Edurado, pelo que Rui Bento optou por Renan a médio centro a acompanhar Rui Sampaio, dando a lateral esquerda a André Marques. Na frente de ataque, decidiu colocar Yartey no centro, deslocando Tatu para o flanco direito, opção pouco habitual para o esquema da equipa. E a verdade é que deu resultado. Logo aos 2´, o Beira desenvolve uma grande jogada de ataque, deixando de surpresa os pacences: Renan dá para Artur, que descobre Yartey na esquerda, que cruza rasteiro para Tatu concretizar fácil. Melhor iníco era impossível.
Pouco depois, o Paços reagiu com uma bola ao poste pelo ex-aurinegro André Leão. A vantagem aveirense permaneceu durante toda a 1ª parte, com o Paços a ter mais posse de bola, mas a barrar num Beira concentrado, com as linhas baixas e a jogar para o erro do adversário. Na minha opinião, não me agrada muito ver o Beira, em vantagem, a jogar em casa, e a não assumir o comando das operações, mas tal estratégia talvez se tenha devido ao valor do adversário em termos ofensivos.
Na 2ª parte, o Paços entrou decidido a mudar o rumo dos acontecimentos, enquanto que o Beira ia tentando entrar em crescendo na partida, com o protagonista a ser Renan. Só que foi, o Paços a marcar, com um cabeceamento de Rondon, que já passou por Aveiro, a cruzamento de Pizzi, aos 64'. Nesta altura, muitos pensavam que o fantasma recente voltaria para atormentar a equipa. Só que, felizmente, tal não aconteceu.
O Beira assumiu o jogo, a partir da entrada de Gang, subiu as linhas, foi empurrando o Paços, até que o golo surgiu no seguimento de um livre, em que Rui Sampaio em posição regular assiste para Djamal remater com fúria, daqueles lances que bem podia ter ido paras as nuvens, muito parecido com o golo marcado, em casa, frente à Académica.
Depois, o Beira-Mar foi gerindo, com o Paços a apostar no futebol directo, através de passes longos, sem grande resultado. Aos 80', Leonel Olímpio é expulso por agressão a Gang, no entender do árbitro. Contra um Paços desfalcado, o Beira fez notar a sua superioridade numérica, pondo Cássio à prova por diversas vezes. Foi num livre fora da áerea, a favor do Beira-Mar, que chegou o 3º, com Sérgio Oliveira a tocar para Renan mandar um dos seus "balázios" já conhecidos pelos adeptos, sem hipóteses para Cássio.
O Beira-Mar, tem agora a manutenção praticamente garantida, o que já merecia há muito tempo, mas que lhe foi negado quer por mérito próprio quer pelo mérito de "terceiros". O que se pede até ao final da temporada é que continuem a jogam bom futebol, não baixando os braços, afim de deixarem uma boa imagem para a equipa. Acabar entre os 8 primeiros deve ser o objectivo destre grupo competente e trabalhador. Rui Bento está de parabéns, pois até não inventou até cumpridas as metas, sendo que agora é que terá tempo para impor as suas ideias ao grupo.
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