O Beira contabilizou, hoje, o 12º empate, numa partida bastante repartida contra o Rio Ave, que vinha motivado pelos resultados recentes, que o colocavam com vista aos lugares de acesso à Liga Europa. As duas equipas encontravam-se praticamente coladas na tabela, com o Beira-Mar a ter aqui uma boa hipótese de se aproximar dos 5 primeiros, apesar de não ter feito a inscrição para as competições europeias. Só a honra podia motivar os auri-negros para tentar terminar o campeonato em bom plano.
O Beira apresentou-se com um onze forte: Rui Rego, Pedro Moreira, Yohan Tavares, Hugo, André Marques; Djamal, Rui Sampaio, Renan; Tatu, Artur e Wilson Eduardo, e entrou forte nos primeiros minutos, com o seu tridente ofensivo muito interventivo. O golo viria logo no primeiro quarto de jogo, com Renan a bater bem o canto e Yohan a elevar-se e a cabecear com sucesso para o fundo das redes. Paulo Santos, guardião do Rio Ave, ainda tocou na bola.
Depois disso, o Beira amainou o seu jogo, adoptando a estratégia do costume, o contra golpe, dando mais posse de bola ao Rio Ave. Aos 34´, o Beira teve outra grande oportunidade para marcar, quando Tatu desmarcou Wilson que viu o seu remate esbarrar em Paulo Santos. Do lado do Rio Ave, os atacantes Bruno Gama, João Tomás e Yazalde iam tentando bater Rui Rego. O Beira partia assim para o intervalo em vantagem, mas com o Rio Ave a morder-lhe os calcanhares.
Consequência do que se ia vendo na 1ª parte ou não, a verdade é que o Rio Ave entrou agressivo na 2ª parte e aos 49' aproveitou uma atrapalhação da defesa aveirense, e após sucessivos remates, seria Tarantini a colocar a bola dentro da baliza. O Beira ressentiu-se do golo sofrido e sofreria, pouco depois, mais apertos à custa dos ataques vilacondenses.
Com o desenrolar da 2ª parte, o jogo foi perdendo o interesse, com as equipas conscientes das suas limitações, a aceitarem o empate como um resultado positivo. Só mesmo no fim, ver-se-ia um breve despertar aveirense, com Artur a falhar incrivelmente, após ter contornado Paulo Santos, aos 89´ e com Yohan Tavares a quase repetir a emenda da 1ª parte, na sequência de um canto, só travado pelo mesmo Paulo Santos.
No final, o resultado ajusta-se ao que as duas equipas fizeram em campo, apesar do Beira ter estado mais perto de ter dado a volta ao encontro. Mas tendo em conta o factor casa, o objectivo, quando jogando contra equipas da mesma roda, é sempre tentar ganhar. O Beira no fundo viu-se travado por aquele que tem sido um dos seus pontos fracos ao longo da temporada: a ineficácia na finalização. Ninguém discute o valor dos jogadores, talvez seja melhor aprofundar este aspecto nos treinos. Quanto à estratégia adoptada por Rui Bento, após o 1º golo do Beira-Mar, tal talvez se explique devido ao bom momento do Rio Ave e ao seu poder ofensivo, mas a verdade é que o Beira não deve abusar deste esquema, em especial quando joga em casa. Hoje, por acaso, não se deram males maiores, com a equipa, infelizmente, a mudar de identidade só no final do jogo.
Para a semana, temos um bom jogo em perspectiva, com o Beira a deslocar-se a Guimarães, jogando frente a uma equipa que está a descer de ritmo e que se encontra a 4 pontos. Tudo se conjuga para um bom resultado do Beira-Mar. Vamos acreditar!
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